Visite Lisboa: 21 locais imperdíveis na sua próxima visita a Lisboa
por Lana Katsaros e Bernardo Henriques
Quer esteja a passar um ou dois dias em Lisboa ou esteja a passar um período de tempo mais alongado, há alguns sítios que não pode deixar de visitar se quiser experimentar a verdadeira essência de Lisboa.
Neste artigo listamos os 21 melhores lugares em Lisboa para explorar, desde ruínas causadas pelo terremoto de 1755, até deliciosas pastelarias e rooftops.
Lisboa está dividida em bairros distintos moldados pelas sete colinas da cidade, cada um com a sua própria identidade e ofertas únicas. Não importa por onde passeia, será sempre recebido por uma bela arquitetura, pessoas simpáticas e comida deliciosa.
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Zona da Baixa
#1. Praça do Comércio
Também conhecida como Terreiro do Paço, esta praça imponente e aberta ao rio Tejo é uma das mais belas da Europa e um ex-libris de Lisboa. A família real mudou-se em 1503 do Castelo de São Jorge, para o Paço da Ribeira, mandado construir pelo rei Dom Manuel I junto ao Tejo, e que passou a ser a residência oficial dos reis portugueses até ao fatídico terramoto de 1755. Venha ver o movimento de pessoas, maravilhe-se com as belas vistas do rio e ouça os músicos que costumam tocar música na praça. Esta área está cheia de cafés, alguns dos quais são historicamente significativos e bonitos.
#2. Arco da Rua Augusta
Um arco de Triunfo, para uma entrada triunfal na cidade reconstruída depois do Terramoto de 1755 e concluído mais de um século depois em 1875, com projecto neoclássico de Veríssimo da Costa. O miradouro no topo, a 33m de altura, está aberto ao público com acesso por elevador e oferece uma panorâmica ímpar de 360 graus sobre a zona histórica de Lisboa e o Rio Tejo.
#3. Elevador de Santa Justa
Este elevador inaugurado em 1902, de estrutura metálica em estilo neogótico, é um dos ex-libris da cidade. É composto por uma torre metálica onde circulam duas elegantes cabinas de madeira e por uma passadeira que liga o piso superior à zona do Carmo. Foi projectado para transporte público, entre a Baixa e as zonas do Carmo e do Chiado e está classificado como Monumento Nacional desde 2002. No topo, no local original do motor a vapor que alimentava o elevador, existe uma plataforma de observação a 45m de altura, que oferece vistas deslumbrantes de 360 graus sobre o centro histórico de Lisboa, inclusivamente à noite. Sendo um monumento muito procurado pelos turistas, formam-se longas filas na rua para apanhar o elevador. Em alternativa, e por apenas €1.5, pode visitar a plataforma mirante no topo do Elevador, subindo pelas escadas do Carmo, no no. 29 da Rua do Carmo.
#4. Confeitaria Nacional
Uma lindíssima pastelaria e restaurante fundada em 1829 e que se mantém ainda hoje na mesma família e é premiada internacionalmente pela sua doçaria tradicional portuguesa e pelas várias inovações criadas ao longo dos tempos. Foi aqui que em 1870 nasceu o Bolo Rei em Portugal, por adaptação do “Gateau des Rois” francês. Suba ao andar superior para apreciar a bonita escada de leque em madeira e as magníficas salas de refeições e de chá.
#5. Casa Pereira da Conceição – Teahouse
Uma lindíssima casa de chá fundada em 1933, que hoje vende também chocolates e bolachas finas. Uma decoração fantástica com mobiliário estilo Luís XVI, porcelanas orientais e portuguesas, moinhos e balanças antigas e uma disposição dos produtos muito cuidada.
#6. Rossio Gastrobar
No topo do Altis Avenida Hotel, no seu sétimo andar, encontrará uma esplanada na qual poderá disfrutar de uma vista incrível sobre o Rossio e a restante cidade. Confortavelmente sentado em cadeirões, poderá degustar de uma bebida ou de um menu imaginado pelo chef João Rodrigues e executado pelo chef João Correia. A acompanhar, terá à disposição vários cocktails de produção caseira.
Bairro do Chiado
#7. Chiado
Um dos bairros mais emblemáticos e elegantes de Lisboa, onde igrejas e teatros se fundem com cafés centenários, livrarias antigas e lojas de marcas internacionais, dando-lhe uma atmosfera cosmopolita e única na cidade. No século XIX tornou-se o centro do romantismo português, ponto de encontro de intelectuais como Eça de Queiroz e mais tarde Fernando Pessoa, que frequentavam os seus cafés e salões, e zona de passagem obrigatória para quem queria ser conhecido e visto na cidade.
#8. Bordalo II (2020)
Na esquina entre a Rua de Santa Justa e a Rua de Carmo, encontra a obra de arte urbana "Pelicans", da autoria de Bordalo II. O mural foi realizado por encomenda do Montepio Associaçao Mutualista com várias peças de sucata. Artur Bordalo, de Lisboa, usa o nome artístico Bordalo II em tributo ao seu avô, o pintor Real Bordalo.
#9. A Brasileira
Um dos mais antigos e mais emblemático café de Lisboa, fundado em 1905 por Adriano Soares Teles do Vale, um rico emigrante retornado do Brasil, com o intuito de dar a conhecer e educar os Lisboetas à bebida de café: durante treze anos de loja, beber um café em chávena era grátis! A estátua em bronze de Fernando Pessoa que compõe a esplanada, criada em 1988 por Lagoa Henriques, tornou-se num símbolo de Lisboa
#10. Sea Me
O Sea Me é um cruzamento original entre petisqueira moderna e marisqueira tradicional e uma homenagem à relação gastronómica de Portugal com o Japão. Só serve pratos à base de peixe e marisco de qualidade. Comece a experiência com os fabulosos niguiris de sardinha, continue com a salada de robalo com algas e acabe, entre muitas outras iguarias, com os chocos fritos na sua própria tinta.
#11. Elevador da Glória
Quer tirar uma fotografia a um dos pitorescos elevadores de Lisboa? Este funicular, considerado Monumento Nacional, foi inaugurado em 1885 e construído pelo engenheiro de origem francesa, Raul Mesnier du Ponsard, que também construiu o Elevador de Santa Justa. O sistema de tracção original era de cremalheira e cabo, equilibrado por contrapeso de água, em que o carro que desceria enchia primeiro um depósito de água no tejadilho para ficar mais pesado do que o carro que subiria. Passou mais tarde a vapor e finalmente a eletricidade, em 1915. É o mais movimentado dos funiculares de Lisboa, chegando a transportar 3 milhões de passageiros por ano.
#12. Bairro Alto
Um dos bairros mais tradicionais de Lisboa, construído no início do século XVI com o primeiro plano urbanístico da história da cidade, com traçado ortogonal de ruas paralelas e perpendiculares, pensadas para o uso dos coches e para arejamento e higiene urbana. A partir da década de 1980, com a abertura em 1982 do vanguardista Frágil, na Rua da Atalaia, passou a ser o centro da vida boémia de Lisboa, com inúmeras tascas, restaurantes, bares e discotecas e, mais recentemente, lojas.
Zona do Carmo
#13. Ruínas e Museu Arqueológico do Carmo
O convento do Carmo foi fundado em 1389 por Dom Nuno Alvares Pereira, o heroico general do século XIV que acabou por ingressar no convento como religioso em 1423. Foi o principal templo gótico da capital, concorrendo pela sua grandeza e monumentalidade com a Sé de Lisboa, até ser destruído pelo terramoto de 1755. As colecções do museu estão expostas a céu aberto e também nas capelas da igreja.
#14. TOPO Chiado
No TOPO Chiado tem vista directa para a Baixa Lisboeta, com o elevador de Santa Justa como peça principal dessa vista. O menu, inspirado na cozinha sazonal e macrobiótica, é variado, e a carta de bebidas e cocktails não lhe fica nada atrás. Aos fins de semana e feriados pode aproveitar o menu de brunch, e à noite dançar com um cocktail ao som de música dos seus DJ’s.
Alfama
#15. Bairro de Alfama
Um labirinto fascinante de ruelas estreitas, becos, escadinhas e largos, ladeados por casas pequenas coloridas, a que os seus habitantes dão um cunho de familiaridade muito especial, fazendo lembrar a vida numa aldeia antiga. É o segundo bairro mais antigo da Europa, depois de El Pópulo em Cádis e o mais genuíno e carismático de Lisboa. Alfama remonta à ocupação árabe a partir do século VIII, e tomou o nome de “al-Hamma”, que significa “fonte termal de água quente”, pelas várias nascentes de águas mornas que existiam - e existem - na zona e alimentavam os chafarizes. Foi depois o bairro onde viveram os marinheiros dos Descobrimentos do século XV e século XVI, tendo preservado até hoje elementos arquitectónicos, culturais e sociológicos únicos e que oferecem um carácter genuíno ao visitante. Este facto é realçado por ser a zona de Lisboa onde se encontram a maioria das casas que resistiram ao Terramoto de 1755.
#16. Castelo de São Jorge
Um dos mais emblemáticos monumentos de Lisboa, classificado como Monumento Nacional, foi construído na colina mais alta do centro histórico, para defender a cidade de eventuais ataques. A primeira fortaleza data do século I a.C. e, ao longo da história, este local foi sempre alvo principal das sucessivas tomadas da cidade por romanos, suevos, visigodos e muçulmanos (século VIII-XII). A conquista de Lisboa aos Mouros em 1147, por Dom Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, é consumada pela conquista do castelo. O seu apogeu acontece no século XIII, quando Lisboa se torna capital do reino e aqui se instalam o Paço Real (Paço da Alcáçova) e o Palácio dos Bispos. No século XIV, Dom João I realiza grandes obras no castelo e coloca-o debaixo da protecção de São Jorge, o santo patrono de Inglaterra e padroeiro dos cavaleiros e das cruzadas, em honra à sua aliança com os ingleses. A mudança da residência real para o Terreiro do Paço (Praça do Comércio) no século XVI e a destruição causada pelo Terramoto de 1755 levam ao seu declínio. As instalações do Museu, do café e do restaurante foram edificadas nos vestígios da antiga residência real medieval.
Zona de Belém
#17. Pastéis de Belém
Fundada em 1837 para fazer religiosamente aquilo que ainda hoje vende: os Pastéis de Belém de sabor inconfundível e sempre servidos quentes, acabados de sair do forno. A loja nasce na sequência da revolução liberal de 1820 que originou o encerramento de conventos e mosteiros em 1834. O local é muito concorrido e formam-se muitas vezes longas filas na rua! Contudo, a fila forma-se para levar os pastéis para fora nos famosos pacotes azuis e brancos. Opte por entrar no estabelecimento, escolher umas das múltiplas salas com dezenas de mesas e sentar-se para ser servido – será frequentemente muito mais rápido e o pastel custa o mesmo preço. Outra opção será ir de manhã cedo, antes da abertura dos museus às 10:00, ou ao final do dia depois das 18:30, a seguir ao fecho dos mesmos.
#18. Mosteiro dos Jerónimos
A curta distância dos Pastéis de Belém encontra a obra-prima da arquitetura manuelina do século XV e um dos maiores símbolos artísticos e históricos portugueses – o fabuloso Mosteiro dos Jerónimos. A construção do mosteiro foi iniciada pelo rei Dom Manuel I em 1501, no lugar onde apenas existia o areal da Praia do Restelo. Prolongou-se por cerca de cem anos e integra elementos arquitectónicos do gótico final e do renascimento. O Portal Sul, apesar de não ser a entrada principal do mosteiro, é um portal de grande sumptuosidade e simbolismo, para o qual os navegadores olhavam e faziam as suas preces ao se afastarem da barra do Tejo. Foi construído por João de Castilho, entre 1516 e 1518, e tornou-se uma das peças mais ricas da arquitetura portuguesa do gótico tardio. Consta que foi necessária uma equipa de 200 executantes para o realizar. Está Classificado como Monumento Nacional desde 1907 e Património Mundial da UNESCO desde 1983.
#19. Centro Cultural de Belém (CCB)
Um centro cultural icónico em Portugal, com projecto do português Manuel Salgado e de Vittorio Gregotti, construído para acolher a presidência portuguesa da União Europeia em 1992. Hoje oferece uma programação cultural intensa e variada num espaço vivo e multi-funcional com 6 hectares.
#20. Bordalo II (2015)
Junto à fachada Norte do CCB, encontra uma das primeiras obras de Bordalo II, o "Big Racoon" (Grande Guaxinim). Foi realizada em 2015 como parte da série Big Trash Animals e utiliza várias peças de sucata de metal e de outros materiais.
#21. MAAT
O recente Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), construído em 2016, rapidamente se tornou num ícone de Lisboa pela sua arquitectura futurista e envolvência singular. A lindíssima e ampla fachada sul, composta por 15 mil mosaicos cerâmicos tridimensionais, reflete a luz do sol e do rio sob múltiplos ângulos em função da hora do dia e da estação do ano. Uma cobertura pedonal com zonas ajardinadas liga as avenidas a norte ao topo do edifício, onde um miradouro oferece vistas deslumbrantes sobre a zona ribeirinha.
Mapa dos 21 Locais Imperdíveis em Lisboa
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